Nigéria oficializa proibição da mutilação genital feminina, em decisão histórica.

Mulheres nigerianas, vítimas de mutilação genital feminina prática cultural de vários países da África e da Ásia.

 

Depois de intensos debates e mobilização internacional, o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, finalmente aprovou a criminalização da mutilação genital feminina no país. Este, provavelmente, foi a última medida de sua gestão, pois foi derrotado na eleição por Muhammadu Buhari. A nova lei federal representa um marco na mudança de postura do país da África Ocidental. As informações são do Geledës.

A mutilação genital feminina é uma prática cultural de vários países da África e da Ásia. Os procedimentos diferem de acordo com o grupo étnico. Geralmente incluem a remoção do clitóris e do prepúcio clitoriano e, na forma mais grave, a remoção dos grandes e pequenos lábios e encerramento da vulva. Neste último procedimento, denominado “infibulação”, é deixado um pequeno orifício para a passagem da urina e o sangue da menstruação e a vagina é aberta para relações sexuais e parto. Países como a Somália onde 90% das mulheres já sofreram esse tipo de violência também criminalizaram a prática.

Dado os últimos eventos que tem acontecido na Nigéria desde o surgimento do Boko Haram, pode-se dizer que a lei é uma vitória para as mulheres que vivem naquele país. Muitas mulheres mulçumanas não podem ser atendidas por médicos que não fossem mulheres, o que inviabilizava o tratamento e muitas mulheres morriam após o parto.